Este Natal...

É especial. Muito especial...
A minha família recebeu o presente antecipado a 30 de Agosto, tem o nome de Afonso, veio embrulhado em papel de amor e é símbolo de muita esperança.
Se me perguntassem qual seria o meu maior desejo, algo que eu pudesse pedir e que o "menino Jesus" realizasse, não teria dúvidas. Gostava que a medicina evoluísse de tal forma que nenhuma mulher pudesse perder o seu filho ainda na gestação. Que famílias inteiras não pudessem ser consumidas pela mais devastadora das dores. Que a gravidez significasse a certeza de que 9 meses depois cada mãe, pai, irmão, irmã, avó, avô, tio, tia, amigo segurassem no colo estes bebés.
Neste Natal, o primeiro que passo com o meu sobrinho Afonso, e o segundo sem o Tiago, quero que saibam que os meus pensamentos vão estar com todas as famílias que se viram privadas do mais genuíno dos sentimentos.Grande parte delas conheci através da Artémis e entraram para o meu coração pela porta da frente. Em cada estrela, quero imaginar um anjo vestido de branco que terá a missão de limpar cada lágrima de saudade que possa cair. E acredito que as nossas sejam difíceis de segurar. Quero acreditar que o Tiago vai juntar-se a nós na noite de Natal porque os nossos corações recordam-no com tanta intensidade que lhe damos vida. Preciso de ter a certeza de que nada acaba e que o caminho faz-se com montanhas que, sabiamente, conseguimos ultrapassar.
Neste Natal peço para mim, e para todos os que amo, a capacidade de não desistirmos e de lutarmos por aquilo em que acreditamos. Não peço nada que dependa de mim, da minha força e da minha persistência. Limito-me a pedir apenas aquilo em que não tenho poder de decisão.
Para o Afonso, o meu maior tesouro, quero apenas que ele cresça feliz com a certeza de que tem uma família que o ama incondicionalmente e uma tia que vai estragá-lo de mimos para sempre!
Um Feliz Natal para todos os que visitam este cantinho e que 2010 seja o ano da realização de todos os sonhos.
Um beijinho desta amiga,
Joana

Couto e Coutadas

A minha primeira reportagem neste magazine vai passar este Domingo às 19h na RTP2. É sobre uma reserva de caça associativa em Mértola. Estou muito orgulhosa! Espero que gostem... A mim deu-me um gozo fenomenal fazer este trabalho!

Beijos para todos e bom fim de semana!

Sismo,tremor de terra, terramoto...

EU SENTI! E BEM!

Resumo do meu serão de ontem:
Tinha acabado de me deitar com o J. depois de termos visto um filme que me deixou um tanto ou quanto pertubada. "The pursuit of hapyness", assim se chama, e a personagem principal é representada pelo Will Smith. Sabem aquela sensação parva de que quando estão a viver uma fase complicada da vida, as vossas preocupações perseguem-vos por toda a parte? Quase como acontece connosco, mulheres, na adolescência em que não nos vem a menstruação e só vemos grávidas em todo o lado? Estão a ver a ideia? Pois bem, este filme fez-me lembrar esses tempos... É que o núcleo central da história era a procura desperada de um homem (o querido Will) por um emprego! Isso mesmo! Enfim, a mensagem do filme é genial e, acreditem ou não, pôs-me a pensar. Aconselho vivamente que o vejam. Claro que, depois deste momento de 7ª arte, acabei a chorar desalmadamente com o J. a abraçar-me. Falámos um pouco, lá me acalmei e fomos deitar-nos.

O sismo:
Fiquei às voltas na cama. Por mais que quisesse, não estava a conseguir dormir. O J. também não. Eis quando, de repente, as portas do nosso roupeiro começam a abanar. Nos primeiros instantes abanaram ligeiramente para logo a seguir parecer que iam saltar da calha! Já para não falar da cama! Entrei em pânico! Chamei pelo J. e gritei-lhe que a terra estava a tremer. O meu coração disparou e abraçámo-nos os dois. Os dois ficámos ali, impávidos, sem reacção... E logo eu, Joana Cruz, aquela que tudo sabe sobre sismos, escalas de Richter e Mercalli, que morre de medo destes fenómenos, que sabia que o ideal era ficar na ombreira de uma porta ou sair para a rua... Pois é, essa Joana entrou em pânico e não teve reacção. Congelei de medo. Nem fui capaz de contar... (Coisa que jurava a mim mesma que seria capaz de fazer em caso de sismo).
As reacções são realmente fenómenos em mim. Se à vezes que tenho um sangue frio assustador, há outras em que sinto-me completamente traída pelo controlo. Enfim... A seguir ao sismo, mais ou menos por volta da 1h37 (sim, ao menos consegui ver as horas no telemóvel) seguiram-se umas belas horas de insónias com medo das réplicas. Conclusão: acordei de rastos. De manhã liguei logo para a minha mãe.
Sabem uma coisa? É por estas e por outras que hei-de ser bem velhinha (e a minha mãe e o meu pai ainda mais) e hei-de sempre correr para os braços deles à procura de protecção. Se para os nossos pais somos eternas crianças, não há dúvida que para nós serão sempre os heróis dos filmes. Os que nunca morrem, os que nunca se magoam e os que estenderão sempre a mão para nos salvar dos "maus".
Já que a vida ultimamente tem-me parecido tão cinzenta, resta-me pôr a imaginação e os sonhos a pintarem-na de cor-de-rosa.

Um beijinho com as cores do arco-íris para todos vocês que me lêem e um obrigada especial pelas vossas palavras de apoio.

Ai, ai... O Afonso vem ver a tia daqui a uma semaninha! Não aguento mais de tanta saudade do meu tesourinho (este sim um presente valioso e um motivo de vida!)

Acabou...

A minha colaboração no "Couto e Coutadas" terminou, pois em Janeiro acaba o programa. Para o ano, se a RTP quiser outra série, voltarei a colaborar com esta equipa de trabalho a quem dou os maiores elogios. Foi um trabalho emocionante, feito de gente simples e hospitaleira e eu senti-me como peixinho na água. As minhas reportagens começam a passar a partir deste domingo e conto com vocês do outro lado da televisão.
Com o fim desta colaboração, chegaram as lágrimas e o desespero. Desta vez em força! Estou à procura de trabalho desde Junho e estou a deixar fugir os meus sonhos. Sonhos de uma menina que um dia pensou em ser jornalista e imaginou este mundo pintado a pinceladas suaves e cheias de cor. Fiz escolhas erradas, deixei-me levar pelo coração e acabo assim...
Vou ser mais uma licenciada rendida a uma caixa de supermercado ou algo do género ( e não tomem isto como uma vergonha). Não o é. Admiro todas as pessoas que fazem este trabalho e não o menosprezo. A única questão aqui tem a ver com os 4 anos da minha vida, empenhados nos livros em busca de um futuro melhor, futuro esse que não chegou, não chega e duvido que vá chegar.
Olho para a frente e não consigo sorrir. Numa altura em que devia estar rendida ao encantamento de uma vida a dois, não consigo estar. Faltam-me recursos, falta-me liberdade, falta-me independência...
Há dois dias que choro interruptamente. A minha saúde está a começar a ser afectada e tenho medo, muito medo, de cair no fundo, levando comigo tudo o que ainda tenho de bom... O meu amor, os meus amigos, a minha família, o meu sobrinho que tanto amo.
Sinto que não me deixam ser feliz em pleno com o constante medo de que para ter alguma coisa, tenha de perder outra. Foi sempre assim...
Sinto que estou a entrar em desiquilíbrio num caminho que me pode vir a custar muito caro mas não estou a conseguir mudar o rumo. Passo os dias em frente ao computador em busca da oportunidade e já não sei se ela virá. Sim, pelo post derrotista, esta não é a aitude mas... Já não consigo ter outra.
Vou mudar de área, vou mudar o caminho e começar do zero mas... para onde? Para o quê? Sinceramente já não sei de nada...
Já não consigo pensar...
Faço uma pausa para recomeçar em grande em Janeiro, esperar que a crise dê uma folga e que as empresas comecem a recrutar? Será?

Despeço-me com o mesmo tom nostálgico com que iniciei as minhas palavras... Sintoma de mais um dia difícil que custa a passar...
Beijinhos

Ps: Obrigada, Daniela, pelo teu carinho. Espero que continues a visitar-me sempre!

Sem tempo...

Estou viva!
Ainda não apanhei gripe A!
Perdizes, coelhos, lebres e tordos são agora os meus melhores amigos...
As caçadas estão a consumir todo o meu tempo!

Venho dar mais notícias, assim que consiga!!!

Beijooooooooooooooooooos

Ps: Eu sei que este post é, assim, um tanto ou quanto, de fugida mas é o melhor que consigo por agora!