...Conheci o meu avô!
Fechem-se as bocas de espanto que estas histórias não acontecem só na televisão. A da minha família é bem real. Cinquenta anos depois, no mesmo dia em que conheci o meu avô, ele e o meu pai abraçaram-se como pai e filho. A emoção foi gigante... Não me lembro de ter sentido o coração tão enternecido como naquele momento. Não me lembro de ter sido assaltada por tantos sentimentos ao mesmo tempo. Cheguei a pensar que não ia aguentar tanta emoção.Mas aguentei! Esta é uma história bem longa que vou tentar resumir...
A minha avó apaixonou-se pelo meu avô. Ela era pobre e ele de famílias abastadas. Por "pressões" da família ele acabou por acobardar-se e abandonou a minha avó, grávida do meu pai. O meu pai nasceu, os dois, viram-se duas ou três vezes, era ele muito pequeno (talvez tivesse uns 4 ou 5 anos). Aos 13 anos, o meu pai veio trabalhar para Setúbal e nunca mais se encontraram. O meu avô diz que foi à procura dele mas não o encontrou e uns anos mais tarde (tinha eu uns 8 anos) fomos ver o irmão do meu pai à quinta onde o meu avô mora. Na altura, ele não teve coragem de lá ir conhecer-nos e nós também não fomos até junto dele.
A minha avó apaixonou-se pelo meu avô. Ela era pobre e ele de famílias abastadas. Por "pressões" da família ele acabou por acobardar-se e abandonou a minha avó, grávida do meu pai. O meu pai nasceu, os dois, viram-se duas ou três vezes, era ele muito pequeno (talvez tivesse uns 4 ou 5 anos). Aos 13 anos, o meu pai veio trabalhar para Setúbal e nunca mais se encontraram. O meu avô diz que foi à procura dele mas não o encontrou e uns anos mais tarde (tinha eu uns 8 anos) fomos ver o irmão do meu pai à quinta onde o meu avô mora. Na altura, ele não teve coragem de lá ir conhecer-nos e nós também não fomos até junto dele.
Da união entre a minha avó e o meu avô nasceu o meu pai mas da união dele com a senhora que se tornou sua mulher nasceram mais dois filhos: os meus tios. Com eles fomos mantendo contacto, embora pouco. A vida foi passando... Sempre soube desta história mas, como na altura em que a minha avó ficou grávida do meu pai, um senhor ficou com ela e amou o meu pai como se fosse filho, foi a esse senhor que eu e a minha irmã chamamos avô a vida toda e nunca senti essa "verdadeira" falta.
Quis o destino que em Fevereiro deste ano eu fosse com o João à Holanda. Como a minha tia/madrinha (irmã do meu pai) vive lá, resolvi que havia de ir vê-la. E fui! Desde aí voltámos a ficar mais próximos... No Verão, a minha madrinha veio passar férias a Portugal e o meu outro tio e a mulher vieram também visitar-nos ( o meu pai e este irmão não se viam há mais de 10 anos!). Aos poucos, começou a surgir o assunto de conhecer o meu avô.... Comecei a ficar curiosa, confesso. Comecei a ter uma vontade que nunca tinha tido antes, comecei a sentir que o meu pai ficava feliz com esta aproximação e decidi que havia de quebrar com este afastamento de anos. Como a minha tia fazia anos a dia 21 de Novembro e a minha mãe a 22, resolvemos que esta seria a data ideal para nos juntarmos todos, festejarmos os aniversários e, se eu quisesse, iria conhecer o meu avô. Assim foi....
(Continua...)
0 comentários:
Enviar um comentário