Palavras sem qualquer sentido...

Triste, amargurada, sem rumo... Assim estou eu, assim me sinto, assim vou vivendo. Começo a achar que o mundo se virou contra mim. Começo a ter certezas de que andam a testar-me as forças. Começo a ter dúvidas de que seja capaz de aguentar mais um golpe.
Hoje, faltam-me palavras. Nada do que escreva será capaz de retratar fielmente a dor e a raiva que tenho no meu coração. Apetece-me gritar e pedir que o mundo pare! Que eu pare! Que adormeça! Que me adormeça o sofrimento num sono profundo e reconfortante....

Divagações à volta da expressão "casa da mãe Joana"!

Estou indignada há já muito tempo mas só hoje é que decidi escrever acerca de um tema que tanto perturba o meu "Tico e Teco"! Acompanhem o meu raciocínio... Quando nasci (e que momento importante foi o meu nacimento para a sociedade! hihi ) os meus amados pais já tinham escolhido o meu nome. Ia chamar-me Joana, que era o nome da minha bisavó. Até aqui tudo normal, como tantas outras escolhas de nomes... Mas Joana é um nome que dá azo a uma expressão que me irrita solenemente! Quantos de vocês já não ouviram a célebre frase "Deves pensar que isto é a casa da mãe Joana!". Ora, vejamos, que estupidez é esta? A CASA DA MÃE JOANA! Na wikipédia (sim, eu andei a investigar!) diz o seguinte:
Casa-da-mãe-joana é uma expressão de língua portuguesa que significa o lugar ou situação onde vale tudo, sem ordem, onde predomina a confusão, a balburdia e a desorganização. A sua origem remonta ao século 14.


Como se isto tivesse algum mísero sentido! Se essa tal Joana, que era mãe, e que era desarrumada, existiu; então devia estar cá para eu lhe dar umas chapadas bem dadas, para aprender a não manchar um nome tão bonito como este! Ah e mais! A Joana D´Arc esforçou-se tanto para dar a todas as Joanas o valor que merecemos e esta outra Joana (a da casa) estragou tudo! Não é justo, de facto! Porque é que não é a casa da Felismina, da Maria, da Sílvia! Sei lá! Tinha de ser a casa da mãe Joana! Desculpem lá o meu desabafo mas... Não há pachorra! Prometo que um dos meus posts futuros será também sobre aquela musiquinha irritante que também envolve o meu belo nome, e que me levou a atirar uma pedra da calçada à cabeça de um coleguinha do ciclo, que achou magnífico chatear-me o juízo com a dita cançãozinha! Sim, essa mesmo, a da Joana e da papa! Por hoje, fico por aqui que o testamento já vai longo... Até estou a pensar colocar na net uma petição on-line (cada vez mais na moda) para acabar de vez com esta expressãozinha ridícula e profundamente irritante sobre a casa dessa tal mãe Joana! É que estas coisas de "brincar" com os nomes têm muito que se lhe diga! Ok, admito, se me chamasse Abreu a coisa era bem pior... Não acham?! (riso profundamente desconcertante)

O que queres ser quando fores grande, filha? Jornalista, pai! Vou ser jornalista!

É com alguma serenidade que escrevo estas palavras... Quando era pequenita, os meus sonhos já eram de gente crescida. Sonhava que quando fosse "grande" queria ser jornalista! Na altura a minha ingenuidade fazia-me crer que este mundo era cheio de magia, agora percebo que não era bem assim... Vai-se lá perceber a mente de uma criança! A verdade é que acabei por sê-lo.
Sempre fui aquela típica boa aluna (que nunca estudava mas que tinha a habilidade de tirar notas altas), nunca fui envergonhada, adorava conversar e meter-me com toda a gente, na escola todos sabiam quem eu era, andava sempre a rir, tinha um montão de amigos, tinha os meus namoricos... Era feliz!
Por volta dos meus 16 anos, quando começou a chegar a altura de decidir o que realmente queria ser no futuro, assolaram-me algumas dúvidas. Estava indecisa entre direito e comunicação social, a minha mãe achava que eu devia ser enfermeira, o meu pai dizia-me que independentemente da minha escolha ia-me apoiar sempre, a minha irmã dizia-me que se era o que gostava que seguisse e eu... Desesperava! Resolvi fazer os tão conhecidos testes psicotécnicos, certa de que me iriam ajudar a resolver esta minha questão existencial e apontar-me a luz! Pois bem, o resultado dos tais testes acabou por ser, no mínimo, genial! "Joana, tu devias ir para artes!", disse-me a psicóloga orgulhosa do seu trabalho. Parece que estou a vê-la a dizer aquilo... E eu, com uma vontade hilariante de rir! Sim, porque eu nunca fui capaz de fazer nenhum trabalho manual digno de registo, os meus professores de EVT não sabiam o que fazer comigo tal não era a falta de jeitinho, nem um reles quadro em ponto cruz fui capaz de fazer na vida e a minha mãe (coitadinha) tinha acessos de loucura com os presentes que eu fazia para ela na escola!
A propósito destes presentes... ainda me lembro de fazer a birra da minha vida - na escola primária - porque no dia da mãe tinha feito um pregador com uma massa em forma de laçarote, pintei-o artisticamente com tinta prateada e bolinhas vermelhas e não entendia porque é que a minha mãe nunca o tinha usado!!!! Ahahah... Ela, carinhosamente, dizia-me: "Oh filha não vês que não fica bem com nenhuma roupa? Mas a mãe gosta muito, está aqui na caixinha das jóias, vês?" E eu, numa tristeza imensa a sentir-me a artista mais infeliz do mundo! Hehe...
Pois bem, hoje vejo que a psicóloga da escola não se tinha enganado assim tanto. É que da maneira como este país vai caminhando e com a penumbra em que mergulhou o jornalismo, realmente só uma ARTISTA como eu é que se vai aguentando nesta profissão...
A verdade é que aos 18 anos entrei toda orgulhosa para a Faculdade, ou melhor, para a Escola Superior de Comunicação Social! Também aqui há uma curiosidade (até porque na minha vida nunca tive facilidades e o início do meu curso também não foi excepção). Graças a um examinador "filho da mãe mal amado" que corrigiu o meu exame nacional de história, e que resolveu cortar 5, 8 valores numa pergunta de desenvolvimento (por eu ter passado meia palavra da margem), fui obrigada a não ter férias nesse ano e a fazer de novo as específicas em Setembro para entrar no curso que queria e na escola que queria! Só ia concorrer na 2ª fase e haviam só 2 vagas. Eu estudei, sabia que ia ser difícil entrar, a média era alta mas eu era mais forte do que todas as contrariedades! Tirei 17,5 no exame de história, voltei a candidatar-me e, cheia de convicção, disse para o meu pai: "Existem 2 vagas e uma vai ser minha!" E foi mesmo! Na altura, algumas pessoas ainda me disseram: "Ah pois, tiveste sorte!" SORTEEEEE?! Então e a minha dedicação? E as horas de estudo? E o meu verão passado em casa agarrada aos livros? SORTE!!! Deixa-me rir... Mérito! Mérito meu e só meu! Lá entrei eu, orgulhosa de mim com média de 16.5 valores e para o meu curso de jornalismo! Fiz o curso nos 4 anos devidos, esforcei-me e, apesar de todas as dificuldades, até tenho razões para me orgulhar da minha caminhada profissional ao longo deste três anos de "licenciada".
Acontece que estou farta do meu trabalho, da minha empresa, do meu patrão... Mas não estou decepcionada com a minha escolha! Acredito que ainda vou ser muito feliz a fazer o que mais gosto: Jornalismo! Acredito que a minha oportunidade vai chegar! E sabem que mais? Quando chegar, eu vou agarrá-la com unhas e dentes e mostrar toda a minha garra! Estou a precisar de um novo desafio profissional na minha vida! Preciso de sentir-me valorizada! Preciso de estimular o meu lado intelectual! Preciso de voar mais alto! Não vou cruzar os braços! Vou à luta! Todos os dias da minha vida, sem excepção! Vou e hei-de conseguir! Ahahah...Ou não me chamo Joana!

Afinal o "Segredo" existe mesmo...

Não sei por onde começar mas só vim aqui dizer-vos que afinal o tal "Segredo" existe! Não gozem! Existe mesmo... :) Desde há uns dias que ando a tentar pôr em práctica a tal lei da atracção e, acreditem, resulta! Vou dar-vos notícias em breve! Por enquanto, vão ter de vencer a curiosidade...
Agora deposito também todos os meus pensamentos no meu maior desejo: ser tia! Acredito que daqui a meia dúzia de meses vou poder escrever aqui uma das minhas maiores alegrias. Acredito, acredito, acredito! E nada neste mundo me vai convencer do contrário! NADA!
Este fim de semana a minha mana e o meu cunhado vieram visitar-nos, tal como vos tinha dito no meu post anterior. Ela anda em baixo, o que é normal... Não esperava vê-la aos pulos e aos saltos mas gostava de senti-la um pouco mais confiante e serena. Não senti... Não é fácil para nenhum de nós lidar com este desgosto mas para a minha irmã sei que a dor é bem mais forte e destruidora, pois foi ela que carregou o Tiago nove meses na barriga e ele não está aqui. Não podemos fazer mais nada a não ser chorar a nossa perda e acreditar que a vida vai compensar-nos por todo este sofrimento que agora passamos. Só assim, este mundo tem sentido...
No sábado, tive pela primeira vez com o Pedro (o sobrinho do joão e meu também, claro!) depois de tudo isto ter acontecido. Não foi fácil. Não foi nada fácil. Não consegui segurar as lágrimas e a emoção... Ele, coitadinho, olhava para mim sem perceber nada e quase como se me quisesse dizer "tia, não chores! Eu vou dar-te miminho quando estiveres triste"... Foi duro. Senti que o meu coração chorava mais do que nunca. Sonhei tanto em ter o Tiago assim, no meu colinho... Apertei o Pedro no meu mais profundo abraço. Dei-lhe beijinhos, ele agarrava-me a mão e fazia-me festas... Senti-me triste e desamparada mas também senti-me feliz por tê-lo junto de mim. O João não me deixou cair nem ceder à tristeza... Aguentei-me. A joaninha, a bebé dos meus amigos Ana e Pipita chorava enquanto toda esta mistura de emoções tomava conta de mim. Tudo aquilo deixou-me incrivelmente frágil e sem reacção. Não posso pedir ao mundo que acabem as grávidas e os bebés só porque eu estou a sofrer. Não posso! Mas às vezes gostava... A cada momento sinto que vou ter mais força para enfrentar estes meus "traumas" mas também sei que para isso acontecer, não posso isolar-me do mundo. Tenho de estar firme e desafiar os meus limites... Só assim vou ganhar forças para me ajudar e ajudar a minha mana.
Hoje estou "bem" (com toda a relatividade desta palavra) mas estou "bem"...
Quando puder escrever de novo que me sinto feliz, vocês serão so primeiros a saber...

Vou contar-vos um segredo: Este é o meu melhor post! Pxiuuu...

Pois bem, o post que hoje escrevo é, no mínimo, hilariante! E hilariante porquê? Passo a explicar... Ontem tive um daqueles dias a que, vulgarmente, chamamos de dia NÃO! Mas também costumam dizer que é o nosso estado de espírito que por estar negativo atrai coisas negativas. Será? A avaliar por estes "dizeres", então ontem o meu íman de negatividade estava na força máxima! Comecei o dia logo muito bem (ironicamente falando), pois o despertador tocou, eu desliguei-o e como consequência óbvia, adormeci! Já não era mau o facto de estar quase uma hora atrasada para o trabalho quando, ao chegar ao escritório, deparei-me com a alegre visão de que não tinha nenhum sítio para estacionar! Dei umas três voltas ao quarteirão e eis que consigo ver ao longe um mísero espacinho que parecia sorrir para mim (confesso que achei estranho) mas lá fui eu e fiz um estacionamento em "L", daqueles em que não temos mais do que um dedo de distância do carro da frente e do de trás e que, só com grande perícia minha, fez com que o meu carro lá coubesse. Pois, até aqui tudo bem. Mas, quando acabo a minha magnífica manobra de arte, sai um senhor disparado de uma loja em frente e pergunta-me se ia demorar muito tempo. Respondi-lhe que sim. O dito senhor não perdeu tempo e gentilmente informa-me de que ali o estacionamento é proibido e que ele tinha comprado o lugar para os seus clientes e que, portanto, eu tinha de sair. Ouvi estupefacta, respondo-lhe educadamente que tinha percebido a ideia e volto a fazer a magnífica manobra mas, desta vez, no sentido inverso! Ou seja, tive de retirar o carro daquele magnífico lugar que, de tão apertadinho que era, fazia-me achar que eu era um ás do volante! A minha questão é só uma: PORQUE É QUE O CROMO DA LOJA NÃO ME AVISOU, ANTES DO MEU BRILHANTE ESTACIONAMENTO, QUE AQUELE LUGAR ERA PROIBIDO?! Bufei... E que remédio tive eu se não dar mais duas ou três voltas ao quarteirão para tentar estacionar de novo! Acabei por deixar o carro longe mas lá ficou estacionado. Com toda esta peripécia, eram 10h20 e ainda não tinha chegado ao escritório. Cheguei tarde mas com dignidade! E o meu "querido" patrão teve o bom senso de nem sequer me perguntar a razão do meu atraso porque senão, aí sim, tinha-me saltado a tampa de vez! Era o que me faltava! Eu, que não lhe devo nada! Já o contrário não se pode dizer! Enfim... Como ja perceberam as coisas pelo meu escritório vão bem e recomendam-se! (novamente o meu tom irónico apurado).

Ontem também tinha decidido que, em honra do meu manifesto desagrado com a minha vida e o meu trabalho, não faria nada aqui no escritório a não ser laurear a pevide na net, escrever no meu blog, ver o meu mail e todas as outras coisas que não são supostas de serem feitas enquanto trabalhamos! Mas eu tenho razões para isso, meus amigos! E se tenho... O dia passou-se e eis quando chega a hora de me ir embora e a minha chave do escritório tinha desaparecido! Sim, isso mesmo DESAPARECIDO! De manhã, apesar de todo o meu stress com a "porra" (porra não é asneira pois não?) do estacionamento, eu tinha a certeza que tinha aberto a porta do escritório com a minha chave e agora ela não estava em lado nenhum! Perguntei aos meus colegas se a tinham levado por engano, tirei tudo o que tinha na minha mala, até no caixote do lixo da casa de banho eu procurei... E nada! Juro, que cheguei a acreditar em fantasmas! Sim, aqueles brincalhões que nos escondem as coisas quando elas estão na nossa frente! Mas nada! Fui-me embora com aquilo na cabeça e completamente parva com a porcaria das chaves que tinham desaparecido, quando eu tinha a certeza que tinha entrado com elas! Ora bem, não foram fantasmas mas sim o cromo do designer que, pegou nas minhas e as levou por engano! LEVOU POR ENGANO?! Então e porque raio não verificou se as tinha, quando me viu aflitivamente à procura delas! Porque raio se apressou a dizer que não sabia e que não tinha mexido?! Enfim... Depois de mais uma peripécia no meu já emocionante dia, vou para casa com aquela condução - tipo avião mas em estrada - para tentar ir ao ginásio, já que a quantidade de stress acumulada durante o dia era inevitavelmente grande e precisava de ser descarregada. Chego a casa, visto a roupa do treino e apercebo-me de que tenho os meus tios em casa.

Pausa para explicações: Os meus tios têm um filho que, logicamente, é meu primo e que está prestes a ser papá de um menino, que por acaso também se chama Tiago. Entendem onde quero chegar?

Continuando...Como os meus pais sempre me ensinaram a ser bem educada, lá fui eu dar dois beijinhos a cada um e, gentilmente, faço a pergunta da praxe. "Então e a S.... e o J.... estão bons?" Ao que a minha tia (sempre tão conveniente) achou que me devia responder com uma bela e incrível descrição da beleza da maternidade! "Ai agora já se sente o pézinho e a barriga mexe muito e está quase e bla bla..." Eu, completamente estupefacta, olho para o meu pai (que entretanto já tinha baixado a cabeça com a lágrima no canto do olho) e "gentilmente" digo adeus, viro as costas e vou-me embora. Bati a porta com força! Fui mal educada! Eu sei! Mas...SERÁ QUE AS PESSOAS NÃO SABEM QUE ESTAMOS A SOFRER? QUE NOS CUSTA OUVIR FALAR DE BEBÉS? QUE NOS CUSTA VÊ-LOS? QUE TAMBÉM QUERIAMOS TER O NOSSO MENINO JUNTO DE NÓS? QUE POR MAIS QUE QUEIRAMOS NÃO CONSEGUIMOS FICAR FELIZES PORQUE PERDEMOS O NOSSO TIAGO? Grrrr... Depois desta cena horrível, meto-me no carro e chorei que nem uma desalmada até entrar no ginásio!

Entretanto, no carro, estava a ouvir a antena 3 e no programa Prova Oral falavam sobre o livro "O Segredo", aquele sobre a lei da atracção e tal... Pois bem, acontece que eu própria já tinha começado a lê-lo há algum tempo mas parei porque aquele tipo de leitura psicológica não me seduziu nem um pouco. Ontem retomei a leitura! Decidi que vou colocar em prática "o Segredo". Sei que parece rídiculo mas um dos co-autores até vem dar uma palestra ao Pavilhão Atlântico em Junho e decidi que quero ir! Decidi e pronto! Nunca acreditei em nada destas coisas (até porque a minha fé nos dias em que correm está mais abalado do que nunca) mas como sou uma lutadora por natureza, quero acreditar que se "o Segredo" existe e resulta para as outras pessoas, também resultará para mim! Cheguei a casa depois da minha maravilhosa aula de cycle, dei um beijo na minha avózinha, meti-me na cama, acendi a luz e li meia dúzia de páginas da sublime obra. Acordei! Um novo dia! Hoje sinto-me inundada de uma onda de positivismo! Estão a ver, sou eu a pôr "o Segredo" em prática! Cheguei ao escritório e até tive direito a um lugar para o meu carro, e logo à primeira! Depois entrei e fiz um ultimato ao meu chefe! Ou me paga decentemente ou vou-me embora! Será que foi d´"o Segredo"? Pois claro que foi! Então têm dúvidas?! (irónica mas pouquinho) Chegou a minha vez de vos contar um segredo: ESTOU A FICAR MALUCA!


PS: Acabo de saber que a minha mana vem passar o fim de semana cá a casa! Estão a ver? Não são coincidências. É "o Segredo" em acção! Eu quis muito e atraí para mim a minha mana! Aahahahah!

Alguém viu a Prima? A Vera, claro...

Este tempo cinzento deixa-me com a neura! Nestes dias sou capaz de chorar de manhã à noite, de tão depressiva que fico! De certeza que todos vocês já ouviram falar da influência do tempo nas pessoas... Pois bem, eu sou a prova viva de que o tempo influencia, e não é pouco! Quando o sol brilha não significa que todos os nossos problemas e amarguras da vida deixem de existir mas, sei lá, parece que torna-se mais fácil viver com eles! Agora, quando o tempo está assim, cinzentão, carregado de nuvens e, quando a juntar a tudo isto, ainda chove... Poupem-me! É demais! Ah! E já para não falar que estamos em MAIOOOO! Sim, Maio! Aquele mês em que costuma dizer-se que é Primavera e tal, as andorinhas voltam, as flores nascem, a manga curta sai do armário... Qual quê! Acho que a Primavera cansou-se de ser prima e, como até está na moda reivindicar, agora também ela quer evoluir na árvore genealógica e ser promovida a filha ou mãe ou... Sei lá! Estou chateada! Quero o sol! Quero que o sol brilhe lá fora e dentro de mim! Quero e pronto! Querer é poder! Não é o que costumam dizer? Estou fula!

Pontos nos "is"

Estou farta! Farta do meu trabalho! Fartíssima! Arrependida de ter estudado quatro anos a fio para isto! Tenho vontade de me despedir! Cada vez que penso no meu patrão apetece-me bater-lhe (nunca vi tão mau gestor). Quem me dera que surgisse outro desafio profissional na minha vida! Estou farta de procurar e de ir à luta mas não tenho respostas. Quero sair desta m... (não vou utilizar asneiras neste blog) mas conscientemente sei que não o posso fazer sem ter outro sítio para onde ir, sob pena de adiar ainda mais o meu sonho e o do joão de termos o nosso ninho de amor... Buahhhh! Só me apetece gritar! Estou com a neura! Estou prestes a cometer uma loucura! Pontos nos is, é o que vou fazer até ao final da semana! PÔR OS PONTOS NOS IS!
Se alguém tiver uma proposta para mim, contacte-me! Sou jovem, empenhada, responsável e tenho muita, muita vontade de fazer jornalismo! Só aceito trabalhar com gente capaz, empreendedora e que não tenha duas palas a tapar-lhe a visão periférica! Grrrr...

Força, avózinha! Força!

Parece que escasseiam coisas alegres para escrever neste cantinho das palavras... Pelo contrário, a minha vida parece ter sido consumida por uma nuvem negra que teima em testar as minhas forças. As minhas e as da minha família. A minha avózinha está doente. Há alguns anos que tenho testemunhado o sofrimento dela e é com um nó na alma que vos digo que, hoje, talvez aceite com serenidade o desfecho de casos como o da minha avó. Custa-me muito ver que alguém que durante toda a vida dependeu de si própria, acabe deitada numa cama sem forças para se levantar, à espera que os dias passem. Não sei o que dizer... Ás vezes sinto que a minha avózinha reuniu todas as forças que tinha para se aguentar firme perante a tragédia que assolou a minha mana, para logo a seguir deixar-se cair. O que falta mais, Deus? Fizemos-Te assim tanto mal? Já chega... Não aguento mais. Vejo a minha família mergulhada numa tristeza profunda e já não consigo ter fé em nada nem em coisa nenhuma. Queria dormir e que quando acordasse tudo já fosse mais fácil de suportar. Não pode ser, eu sei. Cá vou estando. Desmotivada, triste mas com esperança de que melhores dias virão. E hão-de vir! "O que não nos destrói, torna-nos mais fortes", já alguém dizia.

O meu quarto de século

Fiz ontem 25 anos e não me lembro de me ter sentido tão triste no meu aniversário como ontem. Sim, porque ontem foi um dia complicado de se passar... Aliás, como têm sido todos desde que o pior aconteceu... Se o Tiago estivesse entre nós, ontem fazia um mesinho :(
Às vezes sinto que não sou capaz de continuar... Tenho esta dor permanente a consumir o meu coração que está mais pequenino do que nunca. Mas sou. Tenho de ser. Pela minha mana, pelo meu cunhado, pelos meus pais, por mim... Há pouco a minha mana dizia-me que sentia um vazio. Como eu a percebo... Também eu! Um vazio dos pés à cabeça.
Quando faço uma retrospectiva na minha vida, sinto-me desconfortável com algumas atitudes. Não tenho dito as vezes suficientes o quanto gosto da minha irmã, o quanto me preocupo com ela, o quanto ela me faz falta... Hoje, sei que todos os dias são dias bons para dizermos a quem gostamos o quanto são importantes. Hoje, sei que dava a vida para não a ver sofrer. Hoje, sei que me tornei numa pessoa melhor...
Estou triste! Estou revoltada! Quero puxar no calendário e voltar atrás. Quero mas não posso. Que vida é esta que obriga alguém a ter de sentir esta dor? Estou triste mas não perco a esperança.

Um poema para a minha irmã!

Achei bonito, mana... Adoro-te!

"Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas nada."


Fernando Pessoa

Revolucionária? Eu?!

Corro o sério risco de me repetir mas a verdade é que escrever acalma-me! Mesmo quando não sabemos o que escrever (é o caso de hoje), o bater do teclado sossega a minha alma. Escrever por escrever, sem nada importante para ser dito, também tem os seus benefícios. Vejamos, hoje acordei e depois de ter trocado de roupa três vezes, já que o tempo anda como eu - num estado indefinido- lá me decidi e trouxe uma camisola de manga curta. Má aposta! Não só está frio, como já choveu!
Passemos a parte da indumentária e peço agora que se juntem ao coro da indignação. Quantos não tiveram vontade de dar uns belos de uns sopapos aos arrumadores de carros? Vá lá, sejam sinceros... Hoje tive um desses acessos de loucura e passou por mim uma vontade tremenda de dar um sermão a um desses "droguinhas", só pela lata inquestionável de me ter pedido a já célebre moedinha, quando nem sequer se dignou a fazer o inútil gesto, conhecido de todos, de apontar com o braço para alguma vaga da Nossa Senhora do Estacionamento! Fui eu que vi o lugar! Fui eu que fiz a manobra! Sou eu que mereço a moedinha! Obviamente, não lhe dei dinheiro nenhum! E fiz mais! Avisei o "trabalhador" de que conhecia muito bem todos os riscos e mossas do meu carro e, que se alguma coisa lhe acontecesse, que sabia bem onde o encontrar! Desculpem, mas isto enerva-me!
Depois de tal aventura, chego ao escritório e deparo-me com um e-mail onde pedem efusivamente a minha assinatura na petição on-line contra o novo acordo ortográfico! Ora, pensem lá comigo... Quem nos vai ensinar a escrever de novo? Sim, porque com a quantidade de alterações inimagináveis que querem que a língua de Camões sofra, acredito que esta bela figura da nossa cultura até voltasse a ver do malogrado olho, só para se insurgir contra tal atentado! Assinei. E até faço mais! Vou divulgar a legítima petição por toda a minha carteira de conhecimentos! Que pouca vergonha!
Posto isto, apercebo-me de que é quase uma da tarde e que ainda não consegui escrever a minha reportagem. Depois destes desabafos, é provável que a minha veia de inspiração se tenha aprumado. Assim espero.
Todos me confessam que sou demasiado reivindicativa e sabem o que vos digo? Hoje, tenho a certeza de que se tivesse nascido lá para os meados dos anos 60, provavelmente teria sido presa pela PIDE! Hoje, não temos a polícia política do Estado mas temos outras instituições que nos privam da liberdade, mais do que não seja, a liberdade da alma! Não deixarei... Vou continuar a escrever! E em bom português!

É verdade, agora o Sol já brilha. Apraz-me dizer que por vezes as decisões que julgamos erradas, têm muitas vezes um rasgo de certeza :)


Uff...

As nuvens do meu céu

Uns dias melhores, outros dias piores... Hoje sinto-me como o tempo: enublada, sem luz e triste. Vou vivendo com os empurrões da vida e são muitas as alturas em que o meu coração fica pequenino com tanta dor. Ainda não me conformei com tudo o que aconteceu mas vou aceitando, um pouco mais a cada dia, talvez para não ser vencida por este obstáculo que se atravessou no meu caminho e no da minha família. Tantas vezes me dizem "faz parte da vida!". Não faz, não. Mas eu aceito. (Parece que não me sobram muitas alternativas).
Faço 25 anos no próximo Domingo e, apesar de não estar muito entusiasmada com a data, a vida ensinou-me que os bons momentos devem ser celebrados com quem mais gostamos. Aos meus amigos, devo-lhes essa atitude. Uma coisa posso garantir, sei bem qual o desejo que vou pedir quando soprar as velas! Se sei...

Parabéns, amor!

O meu amorzinho faz hoje 24 anos. O dia de hoje é importante por todos os motivos mas será também inesquecível, já que é o primeiro dia de trabalho do João na Oracle. Estou muito feliz e orgulhosa. Confirma-se a velha máxima, "depois da tempestade vem a bonança". Feliz aniversário, meu amor!