Euromilhões, a nova aventura do "boguinhas" e o aniversário do Pedro

É verdade que não escrevo aqui desde sexta-feira. Pensavam o quê? Que me tinha saído o Euromilhões e que, por esta altura, estava de papo para o ar numa ilha paradisíaca, a comer camarões com maionese? Pois, eu até gostava! Mas a única coisa que consegui com a minha aposta foi gastar 2 euros e acertar num reles número! Pelo contrário, tenho andado a trabalhar que nem uma moura, estou desejosa de que cheguem as férias, ando cheia de vontade de ir para a praia e de me render ao "dolce fare niente" e tal, e tal, e tal...
Vou aproveitar para resumir-vos os meus últimos dias mas, vamos por partes, que este post não pode ser muito longo... Na sexta feira passada bateram-me no carro! Sim, coitadinho, depois de ter-se aventurado sózinho pela estrada fora e de ter conseguido sobreviver, tinha de vir uma gaiata parva que resolveu "jogar-se" para cima do meu "boguinhas" aventureiro! Tudo, porque engatou o chinelo no acelerador! Alguém devia explicar-lhe que NÃO SE CONDUZ DE CHINELOS, a não ser que tenha mestria e experiência como aqui moi-même! (Também já apanhei alguns sustos, confesso) Grrr... Ah! E reparem no pormenor, ela estava num STOP! E STOP É PARA PARAR, CERTO?! Enfim, nada de grave! E agora há-de pagar-me também o arranjo que resultou da "encostadela" ao muro. (Ah pois! Chamem-me parva!) Mais...
Hum... No Domingo passei um dia super animado pois o Pedro fez um aninho e fomos festejar o aniversário para um retaurante na Praia do Rei. Foi muito bom! Haviam de ver a carinha da criança quando viu mais de 50 pessoas a olharem só para ele, a cantar (horrivelmente mal, por sinal) a musiquinha dos "Parabéns"! Ainda tou para saber como é que ele não abriu um berreiro! Tenho para mim que o bolo em forma de avião acabou por distraí-lo e evitar o dilúvio que se avizinhava. Cheguei a casa de rastos, deitei-me tarde e a más horas e na segunda-feira adormeci! Então não é que o meu telemóvel ficou sem bateria e o despertador não tocou?! Bela maneira de começar a semana... E cá estou eu, cheia de trabalho e com muito, mas muito pouco tempo para vos dar novidades tão regularmente quanto gostaria... :)
Ps: Iwish, Manu e Sandra... Quanto à aventura do meu "boguinhas" destravado, nem sabem o que tenho sofrido! Então não é que têm-me andado a chatear que isto só acontece às gajas! Não há pachorra! ( E o pior é que os vossos testemunhos reforçam esta teoria)! Heheh...
Portanto, pede-se aos exemplares do sexo masculino, a quem já tenha acontecido uma aventura semelhante, o favor de me fazerem chegar o vosso testemunho. A gerência do Lusco Fusco agradece :)
Beijoooooooooooooooooooooooooooooooos

Lição de vida

Caros amigos,
Hoje escrevo para partilhar com vocês uma descoberta maravilhosa que fiz. Antes de revelá-la, deixem-me só fazer uma pequena reflexão...
Quando se chega à blogosfera é difícil sair dela. Verdade? Acabamos por ter um mundo só nosso, mas partilhamo-lo com desconhecidos. Confesso-vos que esta sensação de partilha às vezes assusta-me, principalmente quando penso que algumas das pessoas que visitam o meu blog, apenas me conhecem através de um computador. A vedade é que, o que começou por ser um cantinho de desabafos privado, depressa virou um cantinho de desabafos "público". Mas sabem uma coisa? Agrada-me bastante. Pois, afinal sou jornalista e, como tal, sempre escrevi para que as pessoas pudessem "ler-me". Como tal, não fazia sentido não apresentar esta hora do lusco fusco :)
Ok, já sei... Estão curiosos com a minha descoberta. Provavelmente, muitos de vocês até já a tinham feito antes de mim, mas eu só descobri ontem e como não quero guardar só para mim este "achado" vou partilhá-lo com vocês. Estava eu descansadinha na minha pausa da hora de almoço quando, ao folhear uma revista, reparei num título que me prendeu a atenção. Era mais ou menos assim: "Mulher com 95 anos possui blog na internet". Ora, como devem calcular, e curiosa como só eu, fui logo ao google para tentar saber um pouco mais sobre esta senhorita. A verdade é que esta JOVEM de 95 anos tem uma história de vida simplesmente genial! Sentia-se só e o seu neto, quando ela fez 95 anos, deu-lhe como presente de aniversário um blog! (Lindo não é?) Então, desde 2006 esta jovem senhora dita os seus pensamentos e o neto escreve. Adora a internet, sentiu-se a renascer e goza de uma lucidez e ternura nas palavras que me deixaram completamente boquiaberta! Chama-se Maria Amelia, é espanhola e tornou-se num fenómeno de comunicação! É lida por milhares de pessoas em todo o mundo e apesar de ter passado recentemente por um período conturbado, pois como devem calcular aos 90 anos (quase 100) há muitas complicações ao nível de saúde, continua cheia de força e garra.
Perdi a minha avó materna há cerca de dois meses e, talvez por isso, este blog e esta história me tivessem "tocado" tanto o coração... Acho muito bonito o amor entre netos e avós e acho também que muitas vezes não dizemos o quanto gostamos verdadeiramente deles. Eu sinto que não o disse à minha avózinha tantas vezes quanto gostava... Hoje, quando olho para o meu avô, com quase 80 anos, e apercebo-me que ele está a fazer de tudo para aproveitar a vida, consciente de que não lhe resta muito tempo, começo a pensar no verdadeiro sentido de estarmos vivos...
Bem, mas o meu conselho é que percam 5 ou 10 minutos do vosso precioso tempo para ler algumas das palavras maravilhosas da abuelita Maria Amélia. Prometo que vos vai alegrar o dia e fazer-vos sentir pessoas melhores!
Aqui fica o link: http://amis95.blogspot.com (Ahh...e se puderem ouçam só a entrevista que ela deu à BBC Mundo) Simplesmente incrível!
Beijooooooooooooooooooooossss

"Parabéns a você nesta data querida..." ( E a sorte que vocês têm de isto não ter som) :P

Olá a todos!
Há um ano atrás vivi um dia muito feliz. Cerca das 20h o sobrinho do João ( e meu também, claro!), o Pedro, via o mundo pela primeira vez. Foi um dia cheio de emoções, medos e descobertas mas no final tudo correu bem e o piolho veio satisfazer a curiosidade que durante 9 meses alimentou o nosso imaginário. Quando foi para o berçário, quase nem abria os olhos, e o tio João tratou logo de lhe tirar uma fotografia com flash para facilitar o processo! (Não imaginam a cara do irmão do João quando ele tirou aquela fotografia) Ahaha...
Lembro-me de ter sentido um turbilhão de emoções neste dia e lembro-me também de ter desejado muito que a minha mana me desse um sobrinho em breve...
Prometo que hoje não vou escrever aqui palavras tristes, mas vocês sabem... Esta tristeza, cá dentro, às vezes é dificil de conter.
Bem, mas hoje, quero dar os Parabéns ao Pedro pelo seu primeiro aniversário e um beijinho bem especial para os papás que também estão de parabéns por terem feito este piolhito lindo que eu amo tanto! :)

Joana só há uma, eu e mais nenhuma!

Entrei em pânico, respirei fundo e preparei-me para o pior... Mas o meu "Santo" estava forte! Minha gente, ontem tive um dos episódios mais insólitos da minha vida, que me preparo para vos contar! Mas aconselho-vos vivamente a sentarem-se, bem sentadinhos, pois esta história real é bem capaz de impressionar os mais sensíveis!
Saio do trabalho a "rasgar" o alcatrão, pois queria ir ao ginásio fazer a minha aulinha de cicle. A meio do caminho, lembro-me que tinha umas receitas na minha médica para levantar e decido passar pelo consultório num instante. Paro o carro na berma da estrada, ponho os 4 piscas, fecho a porta e vou ao consultório do outro lado da rua. Entretanto, enquanto estava lá dentro, ouço alguns carros a apitar. Na altura nem liguei muito, só que as buzinadelas eram mais que muitas, e como sabia que tinha o carro mal estacionado, agarrei nas receitas e vim-me logo embora. Quando saio do consultório olho para o sítio onde tinha deixado o meu carro estacionado mas... ELE NÃO ESTAVA LÁ! Entrei em pânico, senti o chão a fugir-me debaixo dos pés e a primeira coisa que pensei foi: "Ai Meu Deus roubaram-me o carro!" Quando resolvo olhar para o fim da rua, vejo o meu boguinhas no meio da estrada em frente a um muro de uma vivenda! Pensei o pior... Pois é caros amigos, não me tinham roubado o carro mas alguém me roubou o cérebro, ontem! Então não é que, simplesmente, ESQUECI-ME DE TRAVAR O CARRO! ACHAM NORMAL?! Quando me apercebo daquele cenário dantesco (a imaginar a frente toda amassada) começo a correr, feita maluquinha, pela estrada fora! Quando vejo que o meu carro, estava parado em frente a um muro e que incrivelmente não tinha batido em nada, nem tinha ficado amassado (tirando uns riscozitos michurucas no pára-choques), senti-me a pessoa mais sortuda do mundo. Acho que devo ter ficado com a mesma sensação de alguém a quem sai o Euromilhões e com uma tonalidade "branca que nem cal" em toda a minha cara!
Agora vejam-me a cena de loura! Mas daquelas louras buuuurras.... Quando chego ao pé do carro, a primeira coisa que fiz foi ver se estava batido e, quando vejo que não, abraço o meu veículo! Sim, isso mesmo, dei-lhe um abraço! E só não dei um beijo no capot, porque convenhamos, o meu carro está um pouco sujito (e ainda me restava um pouco de amor próprio!) No meio desta cena ridícula, um rapazito estava a passear o cão e pergunta: " O carro é seu?" E eu, ainda atordoada com aquilo tudo, repondo: "É!" A pensar para mim «Oh meu grande cromo achas que estou a correr desvairada no meio da rua porquê? Porque me apetece?!» Grrr... Mas o pobre rapaz não ficou por ali e sai-se com uma outra pérola: "Pois, deves ter deixado o carro destravado..." «Epá! Jura?!», pensei eu... «Não, meu, eu faço destas cenas todos os dias porque curto à brava ver o meu carro a andar desvairado nas ruas sem ninguém lá dentro!» Duhhhh!
Bem, o certo é que o meu pobre carro, lá foi sem condutor, atravessou um cruzamento e por milagre não bateu em nenhum carro, nem em nada que lhe fizesse um estrago significativo... (Ah! Agora percebo as buzinadelas insistentes) Imaginam o quanto me senti feliz? Não, não imaginam! Depois deste episódio insólito, entro no carro (por esta altura os meus nervos eram tão grandes que já nem sabia abri-lo!) e vou até ao ginásio. Quando estaciono o carro junto ao gym, travo-o, mas como o seguro morreu de velho, volto para trás para confirmar se estava bem travadinho... É que viver dois milagres seguidos, é uma possibilidade que as estatísticas costumam anular. E eu até sou cautelosa...
Conclusão: Hoje sinto-me feliz e, como acho que estou em maré de sorte, vou jogar no Euromilhões. Nunca se sabe... Alguém quer fazer sociedade comigo? Olhem que isto promete!
Portanto já sabem, se depois de sexta-feira não voltar a escrever no blog é porque provavelmente estou de papo para o ar numa praia do Hawai, a beber um cocktail e a comer camarões com maionese! Ai ai...
Entretanto vou trabalhar, só para dar um ar mais real à coisa... :)

Andava eu preocupada...

com as gordurinhas
que poderiam sobressair
quando me metesse dentro
de um bikini, quando me
deparo com esta fotografia!
Pois é, meus caros! Com um argumento de peso destes,
não há preocupações que resistam! Bahhhhhhh.... :)

Tipo de letra

Fica melhor assim, não fica? Pelo menos para mim, que sou pitosga, acho que fica mais fácil de ler! Vou passar a escrever os meus posts com o tipo de letra verdana (que raio de nome, acho que azulana era bem mais fashion) e o tamanho large! :)
Beijooooooooooooooo

Assuntos femininos

O período! Sim senhora, hoje vou falar-vos de período!
Período, menstruação, "benfica" e tantas outras designações a que nos habituámos a ouvir desde chavalitas porque somos gajas! É que, a maior parte dos homens não sabe mas, pelo facto de sermos mulheres também acrescentámos, desde muito cedo, ao nosso vasto vocabulário palavras como pensos (com alas, sem alas, extra-alas...) tampões (com aplicador, sem aplicador...) Raios partam! As coisas que nós, mulheres, somos obrigadas a saber só por sermos simplesmente mulheres! E já para não falar dos anúncios de pensos! Haja criatividade, senhores! Lembro-me de um em particular que me fazia sentir uma completa atrasada mental por ser mulher e, consequentemente, por ter o período! Lembram-se daquele em que aparecia uma senhora vestida de vermelho, com uma bola de metal acorrentada ao pé (tipo preso), e que entrava dentro de uma casa de banho de senhoras e dizia algo do género: "Olá eu sou a tua menstruação!" Poupeeeeeeeemmmm-me! Já não basta termos todos os meses esta "coisa" ( que se torna particularmente incómoda em dias de calor como o de hoje) como ainda temos de ouvir anúncios para a "coisa", lembrando-nos que ela existe e que veio para ficar, salvo raras excepções como a gravidez e, lá para os cinquenta anos de idade, a menopausa! Que raiva! E só vos estou a escrever sobre a menstruação porque eu tenho um azar do caraças! Solidarizem-se comigo... Este vai ser, provavelmente, um dos fins de semana mais quentes do ano e adivinhem só quem não vai poder ir à praia? Adivinharam? Pois, SOU EU! Tudo, porque a estúpida da "coisa" resolveu vir no fim de semana em vez de vir (como seria normal) durante a semana, enquanto aqui a MOURA é obrigada a estar fechada num escritório a trabalhar! Grrr... Para piorar, estive a fazer contas com a minha pílula e não é que se aproxima mais uma infeliz coincidência: o período vai aparecer-me nas minhas fériassssssssssss! Aiiiii...que raiva! Estou stressada, meus amigos! É um facto! Estou com a neura, estou com TPM, estou com... Chamem-lhe o que quiserem! E sabem o que me irrita ainda mais? É que tenho sempre aquelas amigas irritantes que me dizem: "Oh Joana não sejas parva, pões um tampão e isso resolve-se!" UM TAMPÃO?! Epá! Mas estão doidas ou quê?! Aquela porcaria aflige-me! Parece uma rolha e tem um nome que acho detestável! "Tampão"! Vejam só! Até parece que a minha "passareca" é alguma "panelona" a necessitar de um "tampão"! Não me sinto à vontade com aquela porcaria e tenho sempre a sensação de que a qualquer momento vai saltar, tipo rolha de champanhe, e que eu vou passar uma vergonha enorme. Ou que o fio (ridículo) vai notar-se e a praia inteira vai rir-se de mim! Tampões e eu, não funcionamos! Pronto, já passei para o pc a minha revolta!
A todos os meus leitores do sexo masculino, e que, logicamente, não têm o período, solicito a compreensão para este meu desabafo, estupidamente feminino, mas que tenho a certeza de que é partilhado por uma grande parte das ladys!
Estava cá a pensar com os meus botões: "Será que o nível do meu blog está a descer? Primeiro peidos, depois período!" Hum... Mas o post estratégico dos fósforos até me deu um ar intelectual! Hehehe... Ok, ok, eu prometo subir o nível no meu próximo post!

Fósforos- Para reflectir...

Achei um máximo e resolvi partilhar com vocês...
Ontem quando ia para casa, ouvi uma coisa sublime na rádio (não me lembro qual e também não sei quem o disse) mas vejam lá se não é, no mínimo, uma visão interessante?
Sabem o que é uma caixa de fósforos?
São milhares de incêndios adormecidos!
Genuíno e desconcertante! Gostei! :)

Peidinho discreto, mas pouco

Ora bem, costumo ir a ginásios há uma série de anos, aliás sempre fiz desporto desde os tempos de miúda e confesso que, também desde sempre, irrita-me o facto de nos balneários haver sempre demasiadas "partilhas", se é que me entendem?! Ora vejam a minha triste sina, quando jogava basquetebol, alguém resolveu partilhar comigo uma magnífica micose que depressa evoluiu para o tão conhecido "pé de atleta". Apesar do sofrimento de anos e da constante comichão, hoje, estou curada, graças à magnífica pomada Lamisil (que aconselho vivamente a quem padece desta maleita).
Mas neste post quero falar-vos de outras "partilhas", aquelas que têm som de rasgo de calças mas que denunciam os seus donos, quer pelo cheiro quer pelas bochechas ruborizadas com que ficam, consequentes de tal acto! Hehehe... Pois, foi isso mesmo que aconteceu ontem. Eu faço cicle num ginásio em Setúbal, ou spinning se preferirem, são os nomes dados para falar daquele desporto de bicicletas "indoor". É uma modalidade divertida e sempre pronta a exigir de nós todo o esforço, com a determinação suficiente para expulsar as gorduras indesejadas. Mas ontem, caros amigos... Ontem, uma senhora que pedalava ao meu lado resolveu presentear a turma com um cheiro nauseabundo vindo directamente do seu rabo (que, desculpem o desabafo, mas era gigaaaaaaante!) e só vos posso garantir que ia morrendo com o terrível cheiro. Eu desconfiei logo dela mas a minha desconfiança transformou-se bem depressa em certeza, pois a dita cuja, além de estar super encarnada na cara (o que não indicava nenhum sinal suspeito, uma vez que estávamos todos em esforço) não se conteve e soltou um tímido "Ups", seguido de "desculpem.." Ora, valha-me Nossa Senhora! Então a croma, além de mandar uma bomba atómica no ginásio ainda se denuncia! Olha que há gente parva, hã! Se fosse eu, tinha-me calado bem caladinha! Sim, estão a rir-se? Vá lá, confessem, quantos de vocês já não soltaram uns gases marotos em sítios públicos? Ahahaha... Eu acuso-me. Sim, já me aconteceu! É uma necessidade fisiológica e o meu médico disse-me que até faz mal conter! Mas sinceramente, eu acho que os meus "rasgos" não cheiram assim tão mal! ( Os nossos cheiram sempre a sabonete, é um facto!) Agora, eu estou convicta de que o cheiro nauseabundo vindo daquela mulher, de rabo do tamanho de uma panela de pressão, merecia ser estudado! Até podia ser um caso inédito, pois acredito que dali se conseguisse extrair uma energia alternativa que nos tornasse independentes do petróleo! Acabava-se a crise, os preços baixavam, a vida melhorava, andávamos todos alegres e contentes e viveríamos felizes para sempre graças aos peidos de uma gigante senhora!
Que história bonita, esta, não? Sim, eu sei hoje estou com a minha escrita apurada! Deu-me para isto, fazer o quê!? Mas era uma boa ideia, não era?
Aviso: Será mantida a confidencialidade relativa ao nome da senhora de rabo de panela de pressão, de forma a salvaguardar a sua imagem já bastante denegrida e mal-cheirosa... :)
Beijinhosssss

A terrível saga da fartura

Só consigo resumir o meu fim de semana ao meu célebre episódio com uma fartura. Só comigo! Pois bem, há imensooooo tempo que me andava a apetecer uma fartura (sim, com quilos de óleo e bem cheia de açucar) ... Apetecia-me e pronto! No sábado tive a "brilhante" ideia de concretizar o meu desejo! Nada mais errado... Depois de um dia bem passado, em que tive cá a família do meu cunhado e depois de uma bela sardinhada ao almoço, estava eu com o João, quando recebemos um telefonema de uns amigos a convidarem-nos para irmos jantar. Depois disso, tinhamos combinado ir até Aires (perto de Palmela) onde decorria uma Feira de Artesanato. Como o João andava há semanas com vontade de comer uma açorda de marisco, lá fomos comer o pitéu. Estava óptimo. Não comi muito, mas comi o suficiente para ficar bem, apesar dos muitos condimentos da açorda e do meu estômago andar sempre a pedir-me com gentileza que não coma pratos daqueles. Mas um dia não são dias... Acontece que pensei com os meus botões: "se vamos a uma feira de artesanato, deve haver lá imensas roulotes de farturas e lá vou eu satisfazer o meu desejo de há umas semanas e lambuzar-me toda com esta iguaria". Comi. Estava quentinha e super saborosa. O pior veio depois... Visitámos a feira, (ah e o meu amor ofereceu-me uns chinelos giríssimossssss) Tão querido! Depois fomos até à casa do João ver um pouco de tv e eis quando dou por mim, terrivelmente mal disposta, cheia de azia e com uma vontade incontrolável de vomitar! Sim, a minha pessoa, tinha decidido comer uma fartura no meio da digestão e depois de uma açorda! Que magnífica decisão! A minha agonia era de tal ordem que decidi ir para casa com as janelas do carro completamente escancaradas, desejosa de que o vento aligeirasse a minha terrível má-disposição... Mas nada! Assim que chego a casa, deitei-me e comecei a sentir-me cada vez pior. Conclusão óbvia: lá se foi a açorda, a fartura e tudo o que estava alojado no meu estômago pelo cano abaixo, seguido de um toque inteligente no autoclismo! Bahhhh...
Moral: Não cedas à tentação, na maior parte dos casos dá mau resultado!
Ps: Apesar de ser segunda-feira, já me sinto mais animadita. Mas a semana passada, confesso-vos, foi terrível para mim... Já passou! "Bola para a frente que atrás vem gente!" :)

Tristeza

Tou triste, não consigo parar de chorar e só me apetece desaparecer! Gritar ao mundo que me deixem em paz, que me acalmem esta dor! Tenho saudades! Tenho saudades! Tenho o meu coração a estalar...

Três meses...

Era uma quinta-feira, o meu telemóvel tocou depois da hora de almoço. Tinha a certeza de que era a notícia mais desejada que eu ia ouvir: “O Tiago vai nascer” ou “Rebentaram as águas” ou qualquer outra coisa normal, quando estamos a falar da minha irmã prestes a completar 40 semanas de gravidez… Do outro lado consegui perceber pela voz da minha mãe que o meu mundo ia ruir ali mesmo e não me enganei.
Em vez da esperada boa-nova ouvi a frase mais dura e cruel dos meus 25 anos de existência… “A mana perdeu o bebé, o coração do Tiago deixou de bater, a mana está em Viseu à nossa espera. Anda para casa, Joana, depressa…” Esta foi a sequência de frases que ouvi da minha pobre mãe.
Ainda sei de cor cada palavra deste telefonema. Ainda me lembro do meu café deixado a meio e de me ter precipitado pela rua a chorar que nem uma louca, perante o olhar incrédulo das pessoas que se iam cruzando comigo… Tenho bem presente as três horas de viagem de Setúbal a Viseu, agarrada ao João (que nunca me deixou cair), tenho na memória cada parede daquela Urgência de obstetrícia do Hospital de Viseu e da forma bruta como agarrei a pobre enfermeira em peso, ordenando-lhe que indicasse onde estava a minha irmã. Disse-lhe num tom de voz áspero e duro que não sairia dali enquanto não a visse, que tinha feito três horas de viagem e que não aceitava nenhuma justificação que me impedisse de lhe dar um beijo. A imagem dela sentada num banquinho agarrada à barriga, ao lado da cama, ainda hoje não me sai da cabeça… A única coisa que fui capaz de fazer foi mesmo dar-lhe um beijo com os olhos bem cheios de lágrimas e sair porta fora com aquela túnica verde (que me tinham obrigado a vestir) e com uma dor no corpo que me pesava na alma e me travava os passos…
Até esta altura, não fazia ideia de que a minha mana teria de passar pelo processo normal de qualquer grávida. Não bastava o facto de o Tiago estar dentro dela sem vida, como ainda teria a pobrezinha de esperar pela dilatação e atravessar um parto normal… Foram mais de 24 horas de uma espera angustiante! A determinada altura, o meu medo revelou-se todo por ela, por medo que lhe acontecesse alguma coisa, que não aguentasse… Mas aguentou. A minha mana portou-se como uma verdadeira heroína! O meu cunhado e a minha mãe tiveram com a minha irmã o tempo todo… mesmo na hora do parto. Só que o Tiago nasceu sem vida, pobrezinho… Ninguém o viu. Mas todos sabemos o quanto era nosso, o quanto era bonito, o quanto tinha os nossos traços… Ah e os olhos verdes do avô! Eu sei que tinha os olhos verdes do avô…
A minha irmã foi para o recobro. Só podíamos vê-la por poucos minutos e só podiam entrar duas pessoas de cada vez. Antes deste momento, o João abraçou-me e disse-me que iria comigo e que não podíamos chorar para não deixar a minha irmã ainda mais triste… Era a minha irmã que ali estava, gaita! Já não tinha a barriga gigante em que eu tantas vezes tinha colocado o ouvido e posto as mãos, já não tinha o brilho no olhar que eu me tinha habituado a ver mas ainda assim pediu-me que não chorasse… O João fez-se de forte mas também para ele estava a ser difícil travar as lágrimas. Eu não chorei…
Hoje, passados três meses sei que temos feito frente a esta dor permanente que nos quer destruir mas que não consegue. Hoje, sei que o irmãozinho ou irmãzinha do Tiago vai chegar na hora certa e que nós vamos estar aqui para o receber sem medos. Apesar da enorme esperança que vive no meu coração, continua aquela amargura no peito, aquela dor que corrói e destrói vezes sem conta, sempre presente, sempre aqui. O meu sobrinho Tiago escolheu o Céu como morada e deixou-nos a chorar a sua ausência. Sinto saudade… Este não é um dia fácil. Se o Tiago estivesse neste mundo, hoje faria três meses de vida. Como não está, faz três meses que choramos e sentimos a sua falta… Não era para ser assim…
Como alguém diz, "um beijo daqui até ao Céu"...

Atchimmmm!

Olhos cheios de lágrimas, aquela dor de cabeça persistente, o pingo no nariz... Resumo: Estou constipada! No Domingo já me sentia bastante mole, segunda-feira só tive sinais de gripe lá para o final da tarde e, hoje, acordei num estado lastimável a precisar de ficar em casa, enfiada na cama. Mas não fiquei. Tive de vir trabalhar, se bem que acho que estou a arder em febre e isso nem sequer me deixa pensar como deve de ser. Quanto mais escrever!
Sinto-me doente, estou doente... Parece-me bem que terei de informar o meu patrão de que vou deixar o escritório mais cedo. Vamos lá ver se aguento até às 7 da tarde. Sinto-me péssima...

Que pesadelo...

Amigos,
Acordei num choro compulsivo e fiquei aliviada por ter-me apercebido que se tratava de um pesadelo. Foi assim que acordei esta manhã... O toque do despertador era a sirene da ambulância que abruptamente acordou-me para o dia. Fiquei mais de 10 minutos sentada na cama a tentar acalmar o meu espírito. Senti-me terrivelmente mal e naquela altura só me apeteceu ter alguém a meu lado que me desse um abraço forte. Nunca me questionei acerca do significado dos sonhos mas o de hoje, de tão mórbido e assustador, deixou-me inquieta e cheia de uma curiosidade que, mesmo assim, é mais pequena do que o meu medo de saber o que quer dizer. Às vezes, sinto que vivo uma vida dupla enquanto durmo. Sinto que sou outra pessoa, que tenho outro corpo e que vivo numa cidade longínqua num país que nem sequer existe. Não vejo caras de ninguém conhecido (pelo menos não me recordo delas) mas vejo-me a mim própria nas situações mais caricatas. É estranho... Tenho um medo terrível de adormecer e acordar com aquela amargura outra vez. Acreditam que os sonhos têm significado? Eu nunca acreditei muito nessas "tretas" até porque quem me conhece sabe que sou muito "terra à terra" na minha maneira de lidar com os acontecimentos... Ando cansada, deve ser isso. Ando também ansiosa e este sentimento não me ajuda a descansar.
Hoje vou sair do trabalho, vou ao ginásio refrescar as ideias e vou pór os pés de molho numa água bem quente cheia de sal. Já experimentaram? É uma das sensações mais maravilhosas... Quase que depositamos todos os nossos pensamentos num alguidar onde os nossos pés mergulham, quando o que mais queriamos era mergulhar a nossa cabeça para que as ideias brotassem daquela água como visões de génio. Será? Génio... Que jeitão que me dava se me aparecesse um, saidinho de uma lâmpada, pronto para me satisfazer alguns desejos. Garanto-vos que não pediria coisas impossíveis mas pediria algumas que contemplassem o meu mundo e de todos os que mais amo.
Entretanto, aproveito para dizer que também estou um pouquinho chateada. A Enfermeira Didi nunca mais me diz nada. Será que se esqueceu de mim? Será que deixou de se empenhar com a causa Artémis? Será que lhe fecharam portas? Não quero acreditar... Quero pensar, que ela não me disse nada porque anda cheia de trabalho e estas coisas levam o seu tempo.
Ontem fizeram a transmissão em directo das "Barrigas de Amor". Gostava de ter ido, gostava de ter visto mas não fui, não vi e pronto! Isso chateia-me!
Esta manhã fui buscar as minhas análises, as minhas plaquetas têm um valor baixo. Já estou com macaquinhos na cabeça (como se já não tivesse uma selva de preocupações a viver no meu cérebro)! Enfim, é segunda-feira e é inevitável ter outro estado de espírito que não este...
Lá para o final da semana escrevo outro post, espero que seja bem mais animado do que este... E se eu vos tivesse contado o meu pesadelo, aí sim, garanto-vos que ficariam ainda mais chocados. Não vale a pena, foi um sonho mau, já passou e não vai voltar... ( reacção aconselhada no livro "O Segredo" perante situações e momentos dramáticos) Claro, claro! É mesmo assim, pensamos positivo e "Puff!" Tudo se resolve! Não se está mesmo a ver? Tretas, tretas, esta vida está coberta de tretas para pessoas parvas que, como eu, têm de acreditar em qualquer coisa para não se renderam ao mau humor, à tristeza e ao desencanto....
Ps: Neste momento toca uma música na rádio que adoro, mas não sei quem canta, nem o nome... "I took the chance of lovin you...", diz o refrão.
"If I was a book I know you read me every night...", diz esta senhora, dona de uma voz que acalma e me lembra subitamente que tenho de TRABALHARRRRR!

"A dor de perder um filho"

Não conheço a dor de perder um filho... Conheço a dor de ter perdido um sobrinho. O Tiago cresceu na barriga da minha irmã durante quase 9 meses mas não conheceu o nosso mundo, contra todas as expectativas e sonhos que durante este período alimentaram o sorriso da minha família. O Tiago entrou para os números das negras estatísticas da perda gestacional, que afecta milhares de mulheres em todo o mundo mas, acreditem, não será apenas mais um! Não será porque eu não vou deixar que o seja!
É com alguma serenidade que vos escrevo estas palavras, pois o tempo tem tratado de aligeirar esta dor corrosiva e impiedosa que tomou conta do meu coração. Hoje, sinto-me uma menina-mulher que cresceu aos trambolhões nestes últimos meses, ao mesmo tempo que sinto que amadureci o suficiente para não deixar que as minhas convicções sejam abaladas pelos obstáculos desta vida. Vou ultrapassá-los todos, um por um, como uma guerreira!
Hoje, é um dia especial na minha vida como menina-mulher e como jornalista. Hoje, foi publicado um artigo escrito por mim no Semanário SEXTA, encontra-se no suplemento Mulher e chama-se "a dor de perder um filho". Foi um desafio pessoal e, confesso, emocionalmente devastador mas acredito que a mensagem vai tocar todas as pessoas... É com um enorme orgulho na alma que tenho a honra de fazer parte da Associação Artémis, que tanto me tem ajudado a mim e à minha família a perceber este mundo da perda com coragem, determinação e esperança! Neste cantinho, acreditamos ser possível sonhar de novo. Neste cantinho tive o privilégio de conhecer algumas das Mulheres mais fantásticas, que abraçam esta causa como se de um filho se tratasse, que nos tratam com um carinho e uma compreensão que julguei não ser possível encontrar...
É com o coração aberto que dedico as minhas palavras a todas as mamãs (e papás) que viram os seus bebés partir mesmo antes de lhes poderem pegar no colo e dizer-lhes o quanto o amavam, é à minha mana que dedico todo o meu amor e é como uma homenagem ao meu anjinho Tiago que espero que as minhas palavras voem do papel para os ouvidos de todos os que nos podem ajudar a quebrar barreiras. Sei que neste momento o Tiago olha-me lá do alto e diz com orgulho "Obrigado, tia".